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Conheça as fazendas vencedoras do 8º Prêmio Fazenda Sustentável, realizado pelo Globo Rural em parceria com o Imaflora

17/09/2024

Autor(a): Imaflora

Na manhã de 17/09, a Globo Rural realizou o 8º Prêmio Fazenda Sustentável, que reconhece as propriedades com as melhores práticas ambientais e sociais. O evento é uma parceria com o Imaflora e o Rabobank, conta com patrocínio de Cargill e TIM, e foi realizado no Aya Hub, dentro do complexo Cidade Matarazzo, em São Paulo.

Dentre as 90 fazendas inscritas, foram reconhecidas 15 finalistas, cinco para cada categoria: pequena, média e grande propriedade. As campeãs em cada uma delas foram, respectivamente, Fazenda Três Meninas, de Monte Carmelo (MG), Fazenda Recanto, de Patos de Minas (MG) e Fazenda Jaracatia, de Querência do Norte (PR).

Veja a lista das três primeiras colocadas em cada categoria:

Grandes propriedades

1° - Fazenda Jaracatiá - Querência do Norte (PR)

2° - Fazenda São Manoel - São Manoel (SP)

3° - Fazenda Curucaca - Guarapuava (PR)

Médias propriedades

1° - Fazenda Recanto - Patos de Minas (MG)

2° - Fazenda Água Limpa - São João do Manhuaçu (MG)

3° - Lagoinha - Carmo da Cachoeira (MG)

Pequenas propriedades
1° - Fazenda Três Meninas - Monte Carmelo (MG)
2° - Fazenda São Geraldo - Batatais (SP)
3° - Café Campo Místico - Bueno Brandão (MG)

Reconhecimento às boas práticas

A 8ª edição do Prêmio Fazenda Sustentável recebeu quase 100 inscrições de propriedades rurais de todas as regiões do Brasil. Após a primeira triagem, 50 avançaram para a segunda fase. Entre os critérios avaliados para a escolha das fazendas está o cumprimento às leis ambientais em conjunto aos direitos trabalhistas e à saúde financeira do negócio.

O Fazenda Sustentável tem patrocínio da Cargill e da TIM e metodologia desenvolvida e aplicada por Rabobank e Imaflora. A premiação deste ano demonstra que o aprofundamento da conexão do homem com a natureza é a chave para se chegar à verdadeira sustentabilidade na produção agropecuária.

As novas tecnologias têm sido adotadas por um grupo cada vez maior de produtores, preocupados em aliar uma agricultura mais produtiva e rentável com sustentabilidade. As histórias das propriedades inscritas incluem controle biológico, sistemas regenerativos, bioinsumos e agricultura digital.

Além disso, há uma variedade de tecnologias aplicadas no dia a dia, como imagens de satélites para monitoramento da lavoura, drones para aplicações de defensivos e blockchain no rastreamento de produtos.

Na abertura do evento, o editor executivo da Globo Rural e comentarista da Rádio CBN, Cassiano Ribeiro, destacou que a razão do Prêmio Fazenda Sustentável existir é o bom trabalho dos produtores rurais em todo o país.

"Muitos de vocês já fazem um trabalho que tem um reconhecimento. Internacional, inclusive. Este prêmio tem a intenção de ser uma credencial a mais. Vocês são, mais do que nunca, embaixadores da sustentabilidade. O Brasil precisa pautar mais o mundo", disse.

O líder comercial da Cargill, Renato Teixeira, destacou que o reconhecimento de práticas sustentáveis na agropecuária é "importante e digno" para o país. "Parabéns a todos que estão aqui e, mais do que nunca, sucesso no desenvolvimento de todas as práticas."

Nilton Cesar de Águila, Senior Manager Key Accounts da TIM, afirmou que, atualmente, a cobertura de internet da empresa alcança 17 milhões de hectares no país. "Encontramos no agro um cenário de muita tecnologia e pouca conectividade. Essa premiação tem tudo a ver com o nosso propósito de agregar conectividade para o agronegócio"

A diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Gislaine Balbinot, defendeu que o agro brasileiro deve estar preparado para mostrar o quanto é sustentável. Em sua avaliação, o país vem passando por uma nova "revolução verde" no campo, e está "no caminho certo".

"A Globo Rural viu isso lá atrás e vem fazendo um trabalho brilhante. Temos grandes produtores, médios e pequenas propriedades que fazem um trabalho espetacular", ressaltou.

Diógenes Kassaoka, sub-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, destacou a importância do agronegócio no suporte às políticas públicas. Citou como exemplo a participação do setor de açúcar e etanol no gabinete de crise para combate aos incêndios e queimadas que atinge áreas rurais do Estado.

"É importante mostrar esse agro que é importante para a segurança alimentar, que vai liderar a transição energética e que se mostrou resiliente nesse período de mudanças climáticas", observou.

Ex-secretário de Agricultura e São Paulo e coordenador da Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), Francisco Maturro, afirmou que a agropecuária se faz com ciência, tecnologia e com o trabalho dos produtores rurais. E que o Brasil domina a atividade agrícola em regiões de clima tropical.

"No passado, fazíamos a queima controlada, quando não se dominava a tecnologia. A última queimada de cana do Estado de São Paulo foi em 2014. Hoje, quiemada na cana é prejuízo na veia", pontuou, alertando que a próxima safra de cana já está comprometida por causa do fogo que atingiu milhares de hectares de lavouras da cultura.

*A matéria é publicada pelo Globo Rural. Acesse o link.

Crédito das fotos: Thiago de Jesus/Globo Rural