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Diretrizes para a Alimentação nos Jogos Olímpicos de 2016

11/11/2014



Por Eduardo
Trevisan Gonçalves, gerente de projetos do Imaflora.
Durante os 29 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos
no Rio de Janeiro, espera-se servir algo em torno de quatorze milhões de
refeições a um público de turistas, atletas, delegações técnicas, mídia e
voluntários de diversas partes do planeta.
Pensando nesse grande desafio e especialmente
nos níveis de segurança que esta operação requer, o Comitê Organizador dos
Jogos Rio 2016, lançou no último Dia internacional da alimentação, o “Taste of the Games – Sabor dos Jogos”,
um documento que contém uma série de princípios e compromissos, visando uma
delicada e imprescindível parte das olimpíadas: a alimentação.
Paralelamente e com o objetivo de orientar o
Comitê Olímpico na tomada de decisões, a iniciativa Rio Alimentação
Sustentável, um grupo composto por 26 organizações da sociedade civil e órgãos
governamentais apresentou ao Comitê Olímpico o “Diagnóstico para a Oferta de Alimentos Saudáveis e Sustentáveis nos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016”, gerando a assinatura de um
memorando de entendimento para garantir alimentos saudáveis e sustentáveis
durante as competições.
Este documento indica critérios mínimos a
serem considerados para o fornecimento dos alimentos durante os Jogos e analisa
15 cadeias produtivas, trazendo desafios e oportunidades para cada uma delas.
Recomenda, para boa parte das cadeias, que haja certificações independentes. 
No caso da carne, por exemplo, o documento
recomenda que o produto adquirido para os Jogos possua o selo Rainforest Alliance CertifiedTM.
Esta decisão foi tomada em razão da necessidade de garantir quatro aspectos
principais: 1) possua rastreabilidade desde a fazenda; 2) seja proveniente de
áreas sem desmatamento; 3) contribua com redução das emissões de CO2 e;
finalmente; que cumpra a legislação ambiental, trabalhista e convenções da OIT
(Organização Internacional do Trabalho). 
Para as hortaliças, a orientação é de que
tenham uma certificação por associação participativa, bem como que sejam
originadas da produção local, no Rio de Janeiro. 
Segundo as palavras do Comitê Organizador dos
Jogos, sustentabilidade é uma obsessão do grupo.
O Diagnóstico também possui recomendações
para café, cacau, laranja, castanha do Brasil, peixes, leite e derivados, mel,
açaí, dentre outros.
Conseguir que todos esses produtos sejam
provenientes de fontes sustentáveis será um grande desafio, já que irá demandar
um grande esforço dos produtores, fornecedores, bem como dos próprios
patrocinadores dos jogos.
Também será uma grande oportunidade para
demonstrar ao mundo que além de ser um grande produtor de alimentos, o Brasil
pode ser uma referência em sustentabilidade, abrindo mercado para seus produtos
ao redor do mundo.
O IMAFLORA faz parte da iniciativa Rio
Alimentação Sustentável, que possui como secretaria executiva a Conservação
Internacional e o WWF.Versões em inglês
e português, bem com mais informações da inciativa podem ser acessadas através
do site: http://www.rio-alimentacaosustentavel.org.br/