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GUARANÁ 100% AMAZONAS

02/01/2018

Sustentabilidade, Floresta

Implantação de sistemas agroflorestais para famílias
amazônicas e rastreamento da cadeia produtiva do fruto: uma contribuição do
Imaflora ao programa Olhos da Floresta
Culturas
agrícolas integradas com árvores. Essa técnica existe, é conhecida como Sistema
Agroflorestal (SAF) e vem sendo bastante difundida nos últimos anos. As
vantagens são econômicas e ecológicas. Além de melhorar a produtividade no
campo, também ajuda a recuperar florestas e áreas degradadas, reduz a perda de
fertilidade do solo e o ataque de pragas. O resultado é a restauração do
convívio entre plantas e animais silvestres, favorecendo a biodiversidade. Para
incentivar os sistemas agroflorestais e a cadeia de produção do guaraná da
Amazônia a Coca-Cola Brasil criou o programa Olhos da Floresta em parceria com
o Imaflora-Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola. A
iniciativa traz benefícios para todos. Os SAFs oferecem oportunidade de inclusão
social e geração de renda para agricultores familiares do município de
Presidente Figueiredo e região, além de promover o uso racional dos recursos
naturais. Toda a produção é adquirida pela empresa, que já está fabricando oito
tipos diferentes de refrigerantes tendo o fruto da Amazônia como principal
matéria-prima.
Para o
sucesso do programa Olhos da Floresta, o Imaflora trabalha em duas frentes: no
incentivo aos SAFs e no rastreamento da cadeia produtiva do guaraná. “O
primeiro passo foi orientar os agricultores familiares durante a implantação
dos sistemas agroflorestais. A partir de então passamos a fazer o controle e a
rastreabilidade de todas as etapas de produção do guaraná, desde o plantio até
a colheita, para garantir que o fruto comprado pela Coca-Cola Brasil tem origem
no estado do Amazonas”, explica o Gerente de Projetos do Imaflora, Eduardo
Trevisan.
O trabalho do Imaflora com os pequenos produtores que
aderiram ao programa é ainda mais profundo. Junto com o estímulo aos SAFs, a
equipe técnica também faz todo o acompanhamento dirigido para a agricultura
familiar, com práticas de manejo agroecológico e de conservação da
biodiversidade e instruções econômicas de comércio e preços justos. “O sistema
agroflorestal permite o cultivo de outras culturas além do guaraná como, por
exemplo, castanha, mandioca e milho. Assim, os agricultores garantem trabalho o
ano inteiro e melhoria visível da renda familiar, fixando-se no campo”,
reconhece Trevisan.
“Hoje temos a garantia de 100% da origem do guaraná que
compramos de 240 agricultores de Presidente Figueiredo e mais onze cidades a
leste do estado do Amazonas, entre as principais Parintins, Borba, Maués e
Humaitá”, conta Luiz André Soares, Gerente de Governo e Alianças Estratégicas
da Coca-Cola Brasil. Como a colheita do guaraná só pode ser feita até três anos
depois do plantio, os agricultores se beneficiarão dos outros cultivos de
produção mais rápida. A última safra do guaraná – colhida entre setembro de
2016 e janeiro de 2017 – foi de 50 toneladas, totalmente rastreada e com
garantia de origem amazônica.  “Para nós,
que estamos comprometidos com a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico
da Amazônia, é um grande ganho ter o Imaflora ao nosso lado. Por trás das suas
ações há todo um trabalho de incentivo à agricultura florestal”, completa
Soares.