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Imaflora apresenta pesquisa inédita sobre uso de dados abertos na prevenção, monitoramento e controle do desmatamento

09/12/2020

Autor(a): Imaflora

A organização apresentou uma análise de diversas iniciativas que utilizam dados no combate ao desmatamento nos biomas brasileiros

Uma pesquisa inédita desenvolvida pelo Imaflora analisou ao todo 11 iniciativas mantidas por instituições de controle, organizações da sociedade civil, empresas, associações do agronegócio, bancos, grupos de pesquisa e meios de comunicação para entender a relevância dos dados abertos para o combate ao desmatamento, além de contribuir com novos elementos para o debate público relacionado ao uso e abertura de dados sobre este assunto. Entre as iniciativas avaliadas estão a Amazônia Protege, Ambiental Media, InfoAmazônia e MapBiomas.

Os resultados do estudo foram apresentados e debatidos no dia 3 de dezembro durante o webinar “Como Dados Abertos Contribuem para o Controle do Desmatamento”, que contou com a presença do Analista de Políticas Públicas do Imaflora, Bruno Vello, da pesquisadora do IPAM e Coordenadora Científica do MapBiomas, Julia Shimbo e do pesquisador do Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais (LAGESA/UFMG), Felipe Nunes.

Diante do crescimento e da importância do uso dos dados por diversos setores da sociedade, Bruno Vello destacou o uso das bases de dados públicos por diferentes iniciativas no controle e monitoramento do desmatamento. “Os dados abertos permitem que cada um faça sua parte e contribua com novas soluções”, afirmou. Vello disse ainda que a “a agenda da transparência, pela força que ela vem ganhando na atuação do combate ao desmatamento, não pode sofrer retrocessos”.

“A transparência dos dados está diretamente ligada a qualidade dos dados a longo prazo. A transparência não é uma opção se você quer ser um provedor de dados confiável” afirmou o pesquisado Felipe Nunes, sobre as recentes ameaças aos órgãos produtores de dados e a descontinuidade do acesso público às bases ligadas ao governo federal.

A pesquisadora do IPAM, Julia Shimbo, ao apresentar a experiência do MapBiomas destacou que o uso de dados é uma ferramenta importante também para o monitoramento do uso e da cobertura da terra – um dos setores responsáveis pelo crescimento de quase 10% das emissões brasileiras em 2019, segundo dados do SEEG. “Não basta só ter acesso aos dados abertos e gratuitos, mas que eles sejam usados para causar mudanças efetivas, além de aumentar a fiscalização e responsabilização pelo desmatamento”, afirmou Shimbo.

Acesse o estudo íntegra aqui.