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Imaflora mapeia práticas agropecuárias de baixas emissões de carbono em 21 países

26/10/2015

Sustentabilidade, Mudanças climáticas

Foto: Rafael Salazar

Até dezembro, o Imaflora vai mapear boas práticas para
melhorar a produção de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir a emissão de gases
do efeito estufa em países apoiados pela USAID Global Hunger and Food Security
Initiative, agência norte-americana que auxilia nações subdesenvolvidas a
promoverem programas de segurança alimentar.
Nesta fase o Programa Feed the Future da USAID irá focar
em 21 países, como Nepal, Colômbia, Mali, Etiópia, Quênia, Tanzânia,
Bangladesh, Uganda, Zâmbia, Camboja, entre outros.
Como o próprio nome diz, o objetivo do programa de ajuda
norte-americano é combater à fome e a pobreza, além da desnutrição,
especialmente a infantil que leva à morte milhões de crianças todos os anos ao
redor do mundo. O programa atingiu 5,5 milhões de famílias em 2011 e chegou a
18,9 milhões no ano passado. Os programas de nutrição - voltados para crianças
abaixo de cinco anos - atenderam 8,8 milhões de crianças em 2011, mas em 2014 o
número subiu para 12,3 milhões, incremento de 38%.
Nessa parceria, a missão do Imaflora é de identificar
nesses países quais são as culturas e criações de animais efetivas na segurança
alimentar e que apoiadas por boas práticas possam produzir mais e reduzir a
emissão de gases do efeito estufa. Estas vantagens produtivas são denominadas
internacionalmente como Desenvolvimento de Baixas Emissões (Low Emission
Development -LED).
Com base em dados de emissões da FAO (Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), os especialistas do Imaflora
farão recomendações de 15 melhores técnicas, que poderão ajudar a matar a fome
e ao mesmo tempo serem utilizadas para reduzir o percentual de emissões.
Exemplos destas práticas são variedades melhoradas de milho na Etiópia, manejo
do café no Quênia; e o cultivo antecipado de arroz irrigado em Bangladesh.
Em outubro, a equipe visita a Etiópia, país parceiro no
programa norte-americano, para validar informações in loco. O objetivo é de
verificar se o estudo teórico encontra eco na realidade local dessas
comunidades.
A coordenadora da Iniciativa de Clima e Agricultura,
Marina Piatto, disse que a validação é importante porque o trabalho é baseado
em dados teóricos. “Vamos elaborar um case e conhecer de perto a realidade
desses agricultores, o que permitirá fazer as adequações necessárias nas
propostas”, resume ela.
Os resultados preliminares do projeto junto à USAID e
CCAFS (Climate Change, Agriculture and Food Security Program) serão
apresentados aos parceiros norte-americanos em fevereiro, quando o projeto será
finalizado.


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