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NOTA À IMPRENSA DA COALIZÃO BRASIL CLIMA, FLORESTAS E AGRICULTURA

14/12/2015

Mudanças climáticas



O Acordo de Paris, fechado hoje, dia 12 de dezembro de
2015, representa um marco histórico para um novo tempo de desenvolvimento
sustentável com segurança climática no globo.
Entre outros, o acordo: 
- Consolida a ambição de limitar o aumento da temperatura
global bem abaixo de 2oC e com esforço de ficar abaixo de 1,5oC.
- Ao mesmo tempo que reconhece que as INDCs estão longe
de serem suficientes para assegurar menos de 2oC, garante um regime de ciclos
de revisão e de ampliação de compromissos e financiamento a cada 5 anos
(começando em 2020) que ajudam a criar as condições que se atinja o objetivo de
2oC/1,5oC no longo prazo.
- Embora não aponte um ano exatamente para o pico das emissões,
aponta o compromisso para atingir um balanço entre emissões e remoções
antrópicas para a segunda metade deste século. 
- Consolida a mobilização de US$ 100 bi anuais, a partir
de 2020, para apoiar o desenvolvimento com mitigação e adaptação em países em
desenvolvimento, prioritariamente, e também abre a oportunidade para múltiplas
modalidades de financiamento e de investimento para viabilizar a economia de
baixo carbono em todo o planeta.
Vemos que, pela primeira vez, o acordo reconhece como
parte decisiva o papel da sociedade civil e do setor privado na implementação
das ações de mitigação e de adaptação para o sucesso do acordo. 
A Coalizão, por
sua vez, reconhece o papel construtivo e decisivo da delegação brasileira para
a elaboração desse marco histórico. Esperamos, também, que o protagonismo da
delegação brasileira na COP21 se traduza em uma forte atuação do governo em
âmbito nacional para liderar a implementação dos compromissos assumidos pelo
Brasil em sua INDC, o que contará com o apoio entusiasmo da Coalizão.
A Coalizão acredita que o Acordo de Paris cria um
ambiente fértil para a implementação das inúmeras propostas da Coalizão para
promover uma economia florestal e agrícola competitiva, inclusive e de baixo
carbono, em benefício do Brasil e do mundo. Cria um novo mecanismo de mercado,
que toma como base experiência existente, e dá base para a continuidade e o
incremento das atividades de REDD+.
Agora, é o momento de virarmos a chave para o modo de
concretização dos compromissos assumidos.