
Cadeias Produtivas Responsáveis
Atuamos no desenvolvimento de boas práticas de gestão e de produção no campo. Nossa experiência em rastreabilidade nos permite ajudar empresas, fundações, cooperativas, agricultores e comunidades a alcançar níveis mais elevados de sustentabilidade e qualidade.
Trabalhamos junto a cadeias produtivas do café, cacau, cana-de-açúcar, soja, pecuária, madeira, carvão e produtos florestais não madeireiros realizando:
Intervenções em cadeias de valor:
• Implantação e aperfeiçoamento de Sistemas de Rastreabilidade e Origem;
• Suporte a práticas de produção e compra responsáveis;
• Criação, acompanhamento e avaliação de indicadores e métricas de Impacto Socioambiental.
Serviços Técnicos:
• ATER Rural;
• Implantação e avaliação de SAF, restauração produtiva e agricultura regenerativa;
• Treinamento e capacitação de técnicos e produtores.
Consultoria estratégica:
• Assessoria em programas de impacto;
• Assessoria em gestão de cooperativas;
• Incubação de negócios sustentáveis e negócios de impacto;
• Diversidade e juventude rural.
Nesses 25 anos já ajudamos empresas como Nespresso, Coca-Cola Brasil e Raízen a implantar a desenvolver suas cadeias de valor, tornando-as mais sustentáveis e aptas a se candidatar para a certificação socioambiental para seus produtos.
• Nespresso - apoio à implementação do Programa AAA no Brasil, desde 2006, que inclui a capacitação de técnicos, aperfeiçoamento do sistema de rastreabilidade e consultoria estratégica para sua cadeia de valor.
• Coca-Cola Brasil - gestão do programa de rastreabilidade do guaraná no Amazonas (Olhos da Floresta). Implantação de áreas de SAFs e treinamento técnico.
• Cargill Cacau - Assistência técnica Rural (Programa Farmer Coaching). Implantação de restauração produtiva com Cacau e SAFs.
• Fundo Vale - apoio estratégico ao desenvolvimento da matriz de impactos da Meta Florestal.
• Cooperativas e associações de produtores - suporte ao sistema de monitoramento interno, educação rural, gênero e juventude, apoio à gestão administrativa.
Consulte-nos sobre nossas soluções para o desenvolvimento de cadeias de valor sustentáveis aqui.
Olhos da Floresta
Criado para incentivar a agricultura familiar e a cadeia produtiva do guaraná, o projeto trás oportunidades de inclusão social, geração de renda e uso racional dos recursos naturais para dezenas de famílias em Presidente Figueiredo (AM).
As ações do projeto, idealizado por nós junto a Coca-Cola, incluem apoio técnico aos agricultores familiares para adotar Sistemas Agroflorestais (SAFs), oficinas e workshops de estímulo a organização social, construção de referenciais técnicos para agricultura familiar, práticas de manejo agroecológico e conservação da biodiversidade, além da verificação do guaraná, com a comprovação da origem no Amazonas e a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, do plantio até o produto final.
Café e bioversidade
Começamos a trabalhar com o Projeto Café e Biodiversidade em 2006, impulsionados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) que buscava incentivar a ampliação das áreas de café certificado na América Latina e fortalecer o mercado em todo o mundo.
Desde então, realizamos o projeto de modo complementar a nossa certificação agrícola, divulgando os conceitos da certificação através de palestras, treinamentos, dias de campo e participações na criação de políticas públicas para o setor.
Além do Brasil, mais cinco países participam da iniciativa, buscando aumentar as suas áreas certificadas de café: Colômbia, Peru, El Salvador, Guatemala e Honduras.


Programa Nespresso
Somos responsáveis pela assistência técnica na cadeia de valor do café verde para mais de 2.500 fazendas que abastecem a Nespresso, no Brasil e no mundo. O Programa Nespresso é um projeto da Nestlé, que envolve o pagamento de prêmios a fornecedores pela adoção de práticas sustentáveis durante o manejo do café.
Nossa atuação consiste numa análise minuciosa de riscos socioambientais no campo, de todos os elos da cadeia de suprimentos. Com esse mapeamento é possível traçar planos de ação e desenvolver normas de sustentabilidade que melhorem a performance socioambiental dos produtos da Nespresso.
Nossa equipe realiza, também, o treinamento de técnicos agrônomos que acompanham e orientam os processos produtivos nas fazendas.
Programa ELO
Os padrões de sustentabilidade estão cada vez mais disseminados, entre os produtores de cana-de-açúcar, que recebem auxílio às suas práticas de plantio e produção por meio do Programa ELO, verificado por nós em parceria com a Fundação Solidaridad e desenvolvido pela Raízen.
O Programa ELO estabelece regras para a cadeira produtiva no campo e desenha incentivos para agricultores, agregando imparcialidade e induzindo a melhoria contínua nas práticas de produtores e gestores regionais da Raízen.
Timberflow
Historicamente, o setor florestal da Amazônia tem se desenvolvido em um ambiente de baixa governança, controle social e transparência. Este fato dificultou uma expansão mais significativa na adoção das boas práticas de manejo florestal na região e encorajou o crescimento da atividade madeireira informal e ilegal.
De um ponto de vista público, isso também desincentivou um planejamento mais eficiente no uso do recursos florestais da região e a geração de políticas de fomento que pudessem de fato promover a economia de base florestal em larga escala.
A plataforma Timberflow foi desenvolvida por nós, com o apoio da Fundação Good Energies, com o objetivo de facilitar a visualização dos fluxos relativos à cadeia de produção de madeira da Amazônia, com base nos dados dos sistemas oficiais de controle de produtos florestais (DOF/SINAFLOR, SISFLORA Mato Grosso e SISFLORA Pará).
A primeira versão foi desenvolvida e colocada para uso aberto em 2017, utilizando-se, principalmente, dos dados individualizados de empresas madeireiras no estado do Pará, a segunda versão da plataforma foi criada por meio de uma parceria entre nós e o ICMC / USP São Carlos.
Atualmente, a plataforma contempla a visualização de informações relativas ao transporte, processamento e comercialização de madeira no Brasil agregadas aos municípios produtores e consumidores, permitindo um melhor entendimento da dinâmica da cadeia florestal entre os períodos de 2008 e 2019.
Além disso, ela também conta com um repositório de publicações que trazem informação qualificada a respeito da evolução do mercado de madeira e de outros produtos florestais da Amazônia no período compreendido entre 1998 e 2018 e permite que seja feito o download dos dados exibidos em tela em arquivos de texto no formato CSV.


Trase
A Trase é uma plataforma global de informações independente que monitora dados da cadeia produtiva de commodities, focando inicialmente no Brasil, Argentina, Paraguai e Indonésia. Entre os elementos monitorados, estão informações sobre produção, comércio e movimentação aduaneira sobre: soja, carne bovina e óleo de palma, podendo incorporar outras culturas no futuro.
A ferramenta foi desenvolvida para apoiar a tomada de decisões que fomentam uma economia livre de ações de desmatamento, dando transparência a fluxos comerciais e ajudando a identificar regiões de compra e riscos e a avaliar oportunidades de produção sustentável. A Trase oferece essas análises por meio de ferramentas de fácil visualização, com mapas e gráficos.
Fazemos parte do grupo de organizações que compõem a plataforma e analisamos dados sobre desmatamento e cumprimento do Código Florestal no Brasil, com informações geradas pelo Atlas da Agropecuária Brasileira.
Farms For The Future
Desenvolvido pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS), da qual somos presidentes do conselho, o programa busca auxiliar produtores agropecuários no cumprimento de metas de sustentabilidade, gerenciando dados de cadeias de abastecimento e monitorando o impacto desejado. O objetivo é dar transparência a essas informações e garantir a implementação de boas práticas no campo. No Brasil, a execução do programa é feita por nós.

O programa ajuda as empresas a gerenciar suas cadeias de abastecimento e estimula os produtores a seguir um caminho de melhoria contínua. Também permite que as empresas comuniquem suas ações de responsabilidade ambiental ao mercado, oportunizando novos negócios e potencializando os já existentes.
Quem pode participar:
Fazendas e grupos de empreendimentos podem participar do programa. A iniciativa possui uma estrutura que se ajusta a diferentes condições e níveis de complexidade das operações agrícolas e pecuárias, que visa atender as prioridades de cada cultura, região e cadeia de valor.
O Farms For The Future oferece:
• Gerenciamento de riscos;
• Cumprimento de compromissos de sustentabilidade;
• Melhoria de desempenho;
• Declarações sobre resultados e impactos;
• Mapeamento da cadeia de abastecimento.
Consulte-nos para ingressar no programa, aqui.


Açaí da Amazônia
O açaí, fruto cujo vinho, ou suco, compõe tradicionalmente a dieta de fatia considerável da população que habita a região norte do país, ganhou o mercado internacional. Na última década, surgiram diferentes formas de consumo, abrindo novos mercados e atraindo consumidores de distintos hábitos. A busca pelo produto aumentou e os produtores, sobretudo os pequenos e os que atuam em escala familiar, passaram a perceber a necessidade de se organizarem para garantir a viabilidade de suas vendas e assegurar a qualidade de seu açaí.
É nesse contexto que o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) assume, junto aos produtores agroextrativistas do arquipélago do Bailique, localizado no estado do Amapá, o compromisso de desenvolver o projeto “Economia Comunitária Inclusiva no Amapá. Construção de Cadeias de Valores”. A região do Bailique abriga 51 comunidades com uma população de mais de dez mil pessoas.
A parceria pretende construir uma nova economia de base comunitária em uma das regiões mais vulneráveis da Amazônia brasileira, tendo como pilar central o manejo sustentável dos recursos naturais, focado na cadeia produtiva do açaí. Com o desenvolvimento das ações, e com a proximidade geográfica, uniram-se ao projeto os produtores da região conhecida como Beira Amazonas, aumentando o número de produtores que participam das ações da iniciativa.
O projeto foi estruturado a partir de três objetivos:

CADEIAS DE VALOR:
Fortalecer as capacidades de organização, produção, processamento e comercialização da comunidade para que operem e manejem com excelência suas cadeias de valor sustentáveis e certificadas.
CIRCULARIDADE DOS PRODUTOS:
Garantir que os produtos originários dessas cadeias de valor tenham impactos sociais, ambientais e econômicos positivos, com as comunidades fomentando a economia circular e beneficiando os produtos procedentes das suas cadeias de valores.
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA:
Assegurar recursos necessários para administrar essas novas economias e sua sustentabilidade a longo prazo, com as comunidades tendo acesso ao crédito privado e público e se tornando financeiramente autossuficientes.
Protocolo Comunitário: proteção dos conhecimentos tradicionais e desenvolvimento sustentável no Amapá
O projeto desenvolvido pelo Imaflora busca apoiar todas as fases relacionadas ao processo de certificação dos produtos da sociobiodiversidade - em especial o açaí - coletados e beneficiados pelas comunidades tradicionais agroextrativistas do Estado do Amapá. A certificação socioambiental FSC entra nesse processo como uma ferramenta complementar de monitoramento da gestão territorial e dos negócios florestais que englobam questões sociais, econômicas e ambientais.
As atividades atuais, desenvolvidas pelo projeto do Imaflora, em 2021/2022, foram divididas em eixos, conforme disposição abaixo:
Organização Comunitária:
- Apoio técnico às certificações: apoio à Certificação FSC; à Certificação Orgânica; capacitações nos sistemas de certificações: capacitações nas Normas de Certificação Orgânica; de Cadeia de Custódia FSC (CoC); de Manejo FSC (FM); e capacitação dos técnicos do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (RURAP) para normas FSC e normas Orgânicos.
- Aquisição de equipamentos e materiais.
Produção:
- Auditorias de Certificações: auditoria de Certificação Orgânica; de Certificação Manejo FSC 2021 (FM); e auditoria de Cadeia de Custódia FSC 2021 (CoC).
Indústria:
- Auditorias de Certificações.
Mercado:
- Produção de estudos e materiais de comunicação: produção de materiais e campanhas de comunicação; elaboração de Estudo de Serviços Ecossistêmicos.
Parceiros e apoiadores:
ACTB: Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique
Amazonbai: Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas do Bailique e Beira Amazonas
EFAs: Escolas Famílias
OELA: Oficina Escola de Lutheria da Amazônia
Instituto Interelos
Instituto Terroá
IEB: Instituto Internacional de Educação do Brasil
UEAP: Universidade Estadual do Amapá
RURAP: Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá
Iniciativa Legalidade Florestal
Nos dias atuais, em um cenário de baixa governança, além de sistemas de comando e controle ineficientes, há uma propagação da extração e da comercialização de madeira de origem ilegal. Neste sentido, a iniciativa de Legalidade Florestal do Imaflora busca soluções para induzir o setor madeireiro da Amazônia em direção a uma maior legalidade e sustentabilidade na produção.
Para atender a um problema tão complexo, atuamos em diferentes frentes complementares. Apoiamos projetos que visam a ampliação da área de concessões florestais na Amazônia, desenvolvemos ferramentas voltadas a geração de informações e de inteligência sobre a cadeia produtiva da madeira, apoiamos os atores públicos e privados em melhores políticas para a compra de madeira, e intermediamos os debate entre os operadores de mercado, governos e comunidades locais para a construção de novos caminhos. Seguindo essa estratégia, desenvolvemos os projetos descritos abaixo.
Timberflow. A transparência, o acesso à informação e a abertura de dados são requisitos fundamentais para a promoção da legalidade e da sustentabilidade do setor madeireiro. A análise e divulgação desses dados contribuem para a elaboração de ações públicas e privadas voltadas ao combate da ilegalidade e à valorização daqueles que exploram madeira de forma legal. Neste sentido, a plataforma Timberflow, criada pelo Imaflora com o apoio do ICMC/USP e da Fundação Good Energies, foi desenvolvida para gerar informações e visualizações relativas ao setor madeireiro da Amazônia, usando como base os dados dos sistemas oficiais de controle florestal (DOF/SINAFLOR, SISFLORA Mato Grosso e SISFLORA Pará).
Publicações especializadas. O Imaflora tem se dedicado a desenvolver um conjunto de estudos técnicos, artigos e boletins focados nos resultados das análises sobre as bases de dados armazenadas na plataforma Timberflow, como por exemplo as séries Acertando o Alvo e os Boletins Técnicos Timberflow. Este conjunto de publicações traz informações qualificadas a respeito da evolução do setor e do mercado de madeira e de outros produtos florestais da Amazônia nas últimas duas décadas.
SIMEX. O Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex) foi criado em uma parceria entre o Imazon, Imaflora, ICV e Idesam. Em 2021 realizou-se, de forma inédita, o mapeamento da exploração madeireira em toda a Amazônia por meio de imagens de satélite. Esta rede tem se consolidado para gerar um mapeamento contínuo da exploração e degradação florestal nos próximos anos.
O fórum de soluções é um espaço de diálogo aberto para todos os atores-chave do setor. Reúne operadores de mercado de madeira, empresários florestais, sociedade civil organizada, representantes de organizações comunitárias, agentes de órgãos estaduais e federais e academia. A troca de informações e experiências leva à construção de sugestões para melhorias em políticas públicas e regulamentações, além de propostas para uma agenda de manejo florestal sustentável que contemple as necessidades do mercado interno e de compradores internacionais.
Em paralelo, a iniciativa de legalidade florestal desenvolve um conjunto de ações e de projetos voltados a fomentar a expansão do manejo florestal na Amazônia como uma estratégia para garantir a conservação das florestas de produção e oferecer aos mercados uma proporção crescente de produtos oriundos de áreas comprovadamente legais. Um dos principais elementos desta estratégia é o apoio à expansão das concessões florestais através de ações de advocacy, estudos especializados e apoio aos empreendimentos em campo.
Também se destaca o projeto Florestas Coletivas, dedicado à expansão do manejo florestal comunitário e familiar e a viabilização de parcerias comerciais justas entre comunidades e empresas que possam gerar renda e empregos nestas comunidades.