
Comunidades e Áreas Protegidas
Queremos provocar transformações reais e significativas nas regiões onde atuamos. Para isso, buscamos práticas inovadoras de gestão e uso da terra, que aliem a conservação dos recursos da natureza, geração de renda e garantia dos direitos às populações locais e trabalhadores. Com isso, pretendemos fortalecer as comunidades que vivem na região e suas relações com os poderes públicos, empresas e entidades privadas.
A nossa intenção é criar modelos que possam ser replicados em outras regiões, multiplicando os benefícios: qualidade de vida, conservação e uso sustentável dos recursos florestais e agropecuários.
Florestas de Valor
Nosso objetivo é estimular atividades produtivas sustentáveis para consolidar as áreas protegidas, conservar os recursos naturais e valorizar as populações tradicionais e agricultores familiares que delas vivem. Para tanto, o programa atua prioritariamente nas regiões da Calha Norte, Rio Negro e São Felix do Xingu.
O programa Florestas de Valor acompanha e também busca impulsionar atividades agroextrativistas na Amazônia, além de apoiar a estruturação de cadeias de valor e facilitar a sua inserção em mercados, que valorizam sua sustentabilidade e origem. Para isso, o programa atua por meio das seguintes linhas:
Promoção da agroecologia: ações voltadas ao incentivo de práticas agrícolas sustentáveis, levando em consideração: a melhoria da qualidade de vida das populações locais; a conservação dos recursos naturais; a geração de renda e acesso a mercado; a soberania alimentar; o respeito à diversidade cultural; a organização para mudança; e a participação social.
Estruturação de cadeias de valor: apoio técnico à estruturação de unidades de beneficiamento; aperfeiçoamento da gestão dos negócios; fortalecimento de organizações locais; e a conexão de atores locais com atores externos para consolidar as cadeias de valor.
Expansão do Origens Brasil®: iniciativa de valorização dos produtos da floresta manejados por populações tradicionais e povos indígenas, com origem em territórios de diversidade socioambiental.
Conexão com novos mercados: para os produtos das populações tradicionais e de agricultores familiares, de forma a valorizar as características, a qualidade, a origem, as histórias associadas aos produtos, os serviços socioambientais, e gerar renda a partir de atividades responsáveis.
Participação em políticas públicas: atividades para influenciar a elaboração e a implementação de políticas de interesse público, que conciliam a conservação dos ecossistemas com o uso por populações locais e com práticas sustentáveis de produção florestal e agropecuária.
O maior projeto do Florestas de Valor, programa patrocinado pela Petrobras, é o “Florestas de Valor: novos modelos de negócios para Amazônia”, apoiado pelo Fundo Amazônia/BNDES.

Além de contar com a participação das seguintes instituições: ACORQAT, ACORQE, ACRQAT, ADAFAX, AFP, AMORA, AMORERI, AMOREX, ARQMO, ATIX, CAMPAX, CEQMO, CPT, CRF, ECAM, GRUPO NSC, ICMBio, Ideflor-bio Pará, Imazon, ISA, Instituto Kabu, Kirwane, Mãe Domingas, Instituto Raoni, SEMMA Oriximiná, STTR Alenquer e UEBT.
Patrocínio:

Financiadores:



Florestas de Valor: Novos modelos de negócios para Amazônia
Por meio de novos modelos de negócios, este projeto fomenta atividades produtivas de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares na Amazônia, e apoia a sua inserção em cadeias produtivas e mercados que reconhecem e valorizam a origem e os atributos socioambientais destes produtos.
Como resultado direto deste projeto, espera-se que a produção extrativista (de povos indígenas e comunidades tradicionais) e de cacau (de agricultores familiares) acesse mercados diferenciados, com maior valor agregado, gerando incremento da renda familiar e possibilitando a manutenção e ampliação de atividades que contribuem para a conservação dos recursos naturais e da cobertura florestal.
Os resultados deste projeto tem potencial de beneficiar cerca de 38 mil pessoas em um território que compreende os três grandes corredores de áreas protegidas da Amazônia (Xingu, Calha Norte e Rio Negro)
A gestão e a conservação destes corredores de áreas protegidas e de seu entorno serão fortalecidas por meio deste projeto, reduzindo a tendência de desmatamento e degradação destas áreas, e evitando emissões de gases de efeito estufa.
O projeto está organizada em 4 eixos:
Componente 1 - Consolidação do Origens Brasil®
Componente 2 - Expansão do Origens Brasil® para novas áreas protegidas
Componente 3 - Produção sustentável de cacau no entorno do Xingu
Componente 4 - Acesso a mercados
Acesse aqui o relatório para mais detalhes.
Realização: IMAFLORA
Apoio financeiro:

Calha Norte Sustentável
A região conhecida como Calha Norte, no noroeste do Pará, abriga a maior floresta tropical protegida e a maior Unidade de Conservação de uso sustentável do mundo. São 22 milhões de hectares de áreas protegidas, onde vivem quilombolas, ribeirinhos e indígenas.
O projeto do Imaflora na região integra o Programa Florestas de Valor e busca fazer do extrativismo e da agricultura sustentável vetores de desenvolvimento, contribuindo com a qualidade de vida das populações rurais e, ao mesmo tempo, conservando os recursos naturais desse território.
Com financiamento do Fundo Amazônia/BNDES, o projeto viabilizará os seguintes empreendimentos de associações comunitárias:
Construção, estruturação e implementação de quatro unidades de beneficiamento de alimentos (UBAs) em comunidades quilombolas do município de Oriximiná para atender, inclusive, mercados institucionais;
Construção e estruturação de um viveiro para produção de mudas, visando a implantação de Sistemas Agroflorestais e a recomposição florestal no PDS Paraíso, no município de Alenquer;
Construção e estruturação de uma marcenaria para promoção do manejo florestal de uso múltiplo e geração de renda em comunidades remanescentes de quilombos de Oriximiná.
O orçamento total para estes empreendimentos é R$ 3.312.877,00 e o prazo para conclusão é julho de 2019. Até dezembro de 2018, o Fundo Amazônia repassou ao Imaflora R$ 3.069.026,85 e foram executados R$ 2.777.986,95
A construção da marcenaria foi concluída e as 4 Unidades para Beneficiamento de Alimentos (UBAs) estão concluidas, equipadas e parte dos cursos para formação foi realizado. Outro resultado a destacar é o aumento da produção dos quilombolas entregue para a merenda escolar via PNAE incluindo de uma das UBAs de forma a diversificar e agregar valor, assim fortalecendo a participação dos quilombolas no mercado institucional com atividades que aliam geração de renda e conservação dos recursos naturais. Optou-se por técnicas construtivas que trouxesse mais benefícios sociais e com menor impacto ambiental. Por isso, foram priorizados materiais locais ou reaproveitados. Igualmente, foi priorizado mão de obra local. Além de dinamizar a economia local, também reduziu o impacto ambiental das obras, incluindo menos emissões de gases de efeitos estufa com deslocamento de material.
Apesar do grande desafio logístico para construir esses empreendimentos em área de acesso remoto, as obras se destacaram pela qualidade de acabamento. As instalações possuem sistemas de tratamento sanitário e adequada para receber sistema de energia independente. Da mesma forma, a marcenaria comunitária apresenta um excelente padrão de estruturação física para processar diferentes linhas, entre elas a de movelarias, a de esquadrias e a de marchetaria. Acesse aqui o relatório.
Apoio financeiro:

São Félix do Xingu
O município apresenta um dos maiores índices de desmatamento da Amazônia Legal, grandes áreas de pastagens e muita degradação ambiental. O projeto do Imaflora na cidade paraense alia a recuperação dessas áreas à geração de renda, utilizando o plantio do cacau à sombra da floresta.
Em parceria com a Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu (CAMPPAX) de São Félix do Xingu diagnosticamos o potencial da região para produção do cacau de qualidade, com benefícios socioambientais. Assim, desenvolvemos um projeto de capacitação de um grupo-piloto de 40 cooperados. O objetivo é chegar a uma matéria prima de qualidade e acessar mercados que prezem práticas responsáveis em sua cadeia produtiva.
Financiadores: Fundo Vale e Fundação Overbrook
Origens Brasil ®
O respeito ao modo de vida dos povos da floresta sempre orientou nossas políticas. Assim, colocamos muita energia na busca de ferramentas que valorizem e distingam a produção comunitária agroextrativista e que reconheça os valores que carregam: baixo impacto sobre os recursos naturais, conhecimentos tradicionais e conservação das florestas e territórios que habitam.
Foi dessa perspectiva que o Origens Brasil® foi idealizado e articulado em parceria com o Instituto Socioambiental – ISA , e com participação da sociedade civil, comunidades e empresas.
Trata-se de um sistema de garantia, que surgiu para dar mais transparência às cadeias de produtos da floresta, e ajudar os consumidores a identificar empresas e produtos que valorizam e respeitam, em suas práticas comerciais, os povos indígenas e comunidades tradicionais e seus territórios.
Através de um selo (que é o próprio QR Code), o sistema funciona conectado a plataforma colaborativa, onde o consumidor conhece a origem dos produtos, as histórias dos povos e de seus territórios, estimulando relações comerciais mais éticas construídas a partir do diálogo, transparência e respeito à diversidade dos modos de vida tradicional.
Para saber mais sobre o Origens Brasil® e saber como você pode fazer parte desta iniciativa, acesse http://origensbrasil.org.br/


Caminhos da Floresta
O projeto “Caminhos da Floresta: Modelos de Negócios Comunitários Inovadores para a Amazônia” pesquisa arranjos econômicos na comercialização de produtos florestais como a castanha-do-Brasil, sementes, óleos, artesanatos, pequenas plantações de cacau, frutas, guaraná, legumes e alimentos em geral.
As comunidades extrativistas, que vivem em torno das áreas protegidas (Unidades de Conservação da Natureza, Terras Indígenas e Terras Quilombolas), geralmente vivem da extração e comercialização desses produtos. No entanto, muitas vezes, têm dificuldade em manter-se com a renda da coleta e da agricultura.
Assim, o projeto Caminhos da Floresta estuda diferentes arranjos bem sucedidos que permitem alavancar a comercialização de produtos das comunidades extrativistas mais vulneráveis e divulga as experiências positivas com outros grupos e suas organizações – cooperativas e associações - a fim de poder contribuir com o aumento da geração de renda e fortalecer as iniciativas de negócios locais.
Para mais informações: [email protected]